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Mostrando postagens de setembro, 2019

Ser de umbanda, ser de esquerda

Os caboclos, os pretos-velhos, os marinheiros, os baianos... Lembro do primeiro contato que tive com um guia da linha dos malandros, que, com seu sorriso sambista e seu sotaque baiano, me dizia: — Estou aqui para ensinar da luz que tem no samba. Sempre que precisar ensinar pra alguém que na favela também tem Deus, tu pode me chamar! Lembro também da pombagira que ensinava para o querido Alexandre Marques Cabral que pombagira é puta que morre na fogueira, mas rindo da cara do inquisidor – contando junto, aliás, que era preciso saber para quem a pombagira ri e de quem ela ri; que homens e que mulheres? E, um último fragmento para esta abertura, dizia o Exu Caveira com quem trabalho: — Não é à toa que esquerda é esquerda na umbanda e na política. Índios, escravos, caiçaras, baianos. A morte no exu de cemitério, o sexo na pombagira da fogueira. A malandragem falando de samba e de favela. Não, não é qualquer grupo que se torna uma linha de umbanda. E isso tem de ser entendido