Há alguns meses fui inquirido, enquanto estudante de psicologia, sobre nossa epistemologia. É claro que minha resposta foi um grande improviso bagunçado sobre abordagens e, no fim, falei, falei e não disse nada. O fato é que não temos epistemologia e, por isso mesmo, produzimos mais e mais abordagens sem ter fim. Mas não é à toa, nosso problema é o problema das humanidades. É conhecido o enrosco epistemológico de se construir ciências humanas: o campo põe o sujeito no lugar de objeto. A bem da verdade, as humanidades põe em jogo o engodo cartesiano do dualismo sujeito-objeto (para não falar de outros). Nas ciências da natureza, vá lá, muito produtivo; para nós, a coisa bambeia. De alguma maneira, a psicologia não conseguiu se resolver com isso – me parece que talvez por sua própria constituição. Nossos colegas vêm encontrando modos de se desvencilhar do problema separando de algum modo seu objeto do humano propriamente dito: a antropologia estuda a cultura; a história, uma sequênc
Um espaço que habitará no entredois pós-moderno, talvez me contradizendo, oscilando entre uma preocupação com a seriedade e a espontaneidade do mundo virtual. Mostrando de onde bebo, mas sem a gravidade que tolhe; com cuidado na escrita, mas sem nada excessivamente comprido. Sobretudo, com atenção ao que se diz, mas sem escolher um assunto, uma disciplina, um autor... é que se trata de um espaço pessoal, atravessado por tantos pensamentos que me incitam. (Internet: entre o tempo e a fala)