Quem cala sobre o teu corpo Consente na tua morte Talhada a ferro e fogo Nas profundezas do corte Que a bala riscou no peito Quem cala morre contigo Menino - Milton Nascimento E aquilo que neste momento se revelará aos povos Surpreenderá a todos não por ser exótico Mas pelo fato de poder ter sempre estado oculto Quando terá sido o óbvio Um Índio - Caetano Veloso Começo a escrever ecoando o que há algumas semanas tem me saltado aos olhos cada vez mais: a incapacidade da esquerda - ou das lutas de resistência, quais sejam - de se aliar frente a um mal comum. Mas não me detenho nisso, apenas aponto o que me leva a escrever. Aqui vou mais na esteira de tentar definir o que é isto que penso e faço, talvez mais bem nomeável por um nomadismo e uma decolonialidade do que pelo título genérico e grandioso ~esquerda~ ... ao menos no que se pretenda restringir o título àquela tradicional tomada de posição na luta de classes que se pretende universal. Acontece que, quando saímos do âmbito europ
Um espaço que habitará no entredois pós-moderno, talvez me contradizendo, oscilando entre uma preocupação com a seriedade e a espontaneidade do mundo virtual. Mostrando de onde bebo, mas sem a gravidade que tolhe; com cuidado na escrita, mas sem nada excessivamente comprido. Sobretudo, com atenção ao que se diz, mas sem escolher um assunto, uma disciplina, um autor... é que se trata de um espaço pessoal, atravessado por tantos pensamentos que me incitam. (Internet: entre o tempo e a fala)