Mal e bem, guerra e paz, raiva e paciência, medo e coragem, ego e transcendência... são tantas as oposições que nos constituem, no âmago do humano. Erro e acerto. Erro? Medo é erro? Raiva é erro? Ego é erro? Um afeto que me invade corporalmente, ou uma estrutura que se funda nos limites difusos (no não-limite, na verdade) entre natureza e cultura – coisas assim não partem de escolhas, não são controladas, não são controláveis. Isso não quer dizer, é claro, que devemos amassar o carro do primeiro apressado que nos feche no trânsito. Saber que não posso evitar o mal (e me refiro a todo um pacote de afetos, desejos e atitudes assim rotulados) é o primeiro passo para a saúde. Isso porque, ao levar a fechada no trânsito, se quero lutar contra a raiva, sentirei, sim, raiva. E pior: se somará a culpa por sentir raiva. Ou, ainda, jogarei ambas para debaixo do tapete (sem nem querer saber que tipo de poeira estou varrendo – o que dificulta em muito saber a melhor forma de limpar), e morre
Um espaço que habitará no entredois pós-moderno, talvez me contradizendo, oscilando entre uma preocupação com a seriedade e a espontaneidade do mundo virtual. Mostrando de onde bebo, mas sem a gravidade que tolhe; com cuidado na escrita, mas sem nada excessivamente comprido. Sobretudo, com atenção ao que se diz, mas sem escolher um assunto, uma disciplina, um autor... é que se trata de um espaço pessoal, atravessado por tantos pensamentos que me incitam. (Internet: entre o tempo e a fala)