Ontem, nosso país sangrou. Ontem, tivemos um funeral. Mas é preciso acreditar na ressurreição da carne: da carne de terra vermelha, a virgindade de matas verdes, o sangue de águas azuis. É preciso levantar e ser resistência. Respeitemos o resultado das eleições, democratas que somos, mas lembremos também que, quando a vida e a democracia estão na linha de tiro, não somos oposição, somos resistência. Se chorarmos, será de esperança. Se cantarmos, será a palavra de ordem da resistência. Se calarmos, será para buscar no silêncio a potência do novo. Se tivermos medo, será para nos advertir do perigo e relembrar o motivo da luta. Se gritarmos, será em nome da diferença. Se lutarmos, será com livros e flores. Se amarmos, será a cada um na sua singularidade. Se nos perdermos, será para encontrar novos caminhos. Se dormirmos, será para acordar revigorados. A lista continua. A luta continua. Não posso escrever, não posso pensar. Mas também não posso deixa
Um espaço que habitará no entredois pós-moderno, talvez me contradizendo, oscilando entre uma preocupação com a seriedade e a espontaneidade do mundo virtual. Mostrando de onde bebo, mas sem a gravidade que tolhe; com cuidado na escrita, mas sem nada excessivamente comprido. Sobretudo, com atenção ao que se diz, mas sem escolher um assunto, uma disciplina, um autor... é que se trata de um espaço pessoal, atravessado por tantos pensamentos que me incitam. (Internet: entre o tempo e a fala)