A história de nossa terra é uma história de sofrimentos. Sem dúvida, houve por aqui quem se deu bem no meio disso. É daí que saio, porque quem inventou o racismo foi o macho branco europeu, e quem o perpetua por aqui é um certo tipo que parece ter parado no tempo não ter saído do lugar. A pergunta é: o que faz com que até hoje a branquitude tenha medo da voz dos povos desde sempre silenciados? Comecemos pelo começo: quem inventou o racismo não é o mesmo português que o manteve por aqui. Quem, pra começo de conversa, se deu bem com essa história, voltou para casa - e levou junto nossa madeira, depois nosso açúcar, depois nosso ouro, depois nosso café. Quem instaurou o carrego colonial - como chama um pessoal que faz teoria a partir dos axés - voltou pra Portugal. Quem veio pra ficar, veio porque não era bem quisto lá. E a minha hipótese é que esse é o trauma fundante da violência da branquitude brasileira - nisso, talvez quem venha da história possa me ajudar a falar melhor. Sem panos q
Um espaço que habitará no entredois pós-moderno, talvez me contradizendo, oscilando entre uma preocupação com a seriedade e a espontaneidade do mundo virtual. Mostrando de onde bebo, mas sem a gravidade que tolhe; com cuidado na escrita, mas sem nada excessivamente comprido. Sobretudo, com atenção ao que se diz, mas sem escolher um assunto, uma disciplina, um autor... é que se trata de um espaço pessoal, atravessado por tantos pensamentos que me incitam. (Internet: entre o tempo e a fala)