Para falar do que é mais originário, esbarraremos nos autores mais diversos, ou teremos pelo menos rotas para tal, se quisermos. Os paralelos serão inevitáveis, e às vezes surpreendentes, mas acontece que todos estão buscando aquilo que é anterior à experiência – um pecado epistemológico, certamente. Por isso mesmo, o saber que se pode tecer sobre o que é mais anterior é sempre na negativa, por se tratar sempre daquilo que foge à positivação da vida vivida¹. Em Heidegger, a indeterminação originária, a nadidade anterior ao decaimento num mundo de sentidos históricos; em Saussure, o signo como entidade vazia e arbitrária, que só ganha sentido na articulação da língua; em Jakobson, o fonema zero, sem som, que só serve à articulação dos outros fonemas; em Lacan, o objeto a, encontrado unicamente em seus restos escondidos no desejo; em Lévi-Strauss, as estruturas elementares, sempre leis esvaziadas que servem somente à organização da cultura como ela é vivida; até mesmo em Ju
Um espaço que habitará no entredois pós-moderno, talvez me contradizendo, oscilando entre uma preocupação com a seriedade e a espontaneidade do mundo virtual. Mostrando de onde bebo, mas sem a gravidade que tolhe; com cuidado na escrita, mas sem nada excessivamente comprido. Sobretudo, com atenção ao que se diz, mas sem escolher um assunto, uma disciplina, um autor... é que se trata de um espaço pessoal, atravessado por tantos pensamentos que me incitam. (Internet: entre o tempo e a fala)