Ler Deleuze e Guattari flui... e corta. Digo, a escritura esquizoanalítica é, ela mesma, máquina desejante, com seus fluxos e cortes. É a brutalidade crua do Real – nada mais justo! Eles terminam o primeiro parágrafo dO Anti-édipo com uma bomba, “algo se produz: efeitos de máquina e não metáforas”. A brutalidade crua do Real. O que leio é que a metáfora é a posteriori demais (e, de fato, não há como negar). Parece que escapa, no entanto, aquilo que sempre nos escapa: precisamente, o Real. Antes que se deduza de mim um suspiro desesperado de um Lacan moribundo desacatado pela máquina desejante, digo que não precisamos chama-lo Real. Heidegger, que aplainou o terreno para isso que chamamos pós-estruturalismo, já nos avisava: a linguagem não dá conta do incomensurável do mundo, logo, a essência da linguagem não é analítica, mas poética. Não quer dizer que a poesia venha antes, no entanto. A bem da verdade, não sou capaz de separar, nos seus níveis mais própr
Um espaço que habitará no entredois pós-moderno, talvez me contradizendo, oscilando entre uma preocupação com a seriedade e a espontaneidade do mundo virtual. Mostrando de onde bebo, mas sem a gravidade que tolhe; com cuidado na escrita, mas sem nada excessivamente comprido. Sobretudo, com atenção ao que se diz, mas sem escolher um assunto, uma disciplina, um autor... é que se trata de um espaço pessoal, atravessado por tantos pensamentos que me incitam. (Internet: entre o tempo e a fala)