Estou partindo aqui de pensamentos que vêm, sim, da clínica, mas também e principalmente do fato de que meus cuidados e autocuidados transitam entre as macumbas, as práticas orientais, e a psicanálise. Com isso, é fácil dizer que estou transitando nas interfaces entre cuidado/saúde, subjetividade e cultura - como esse trânsito se efetiva, aí não é tão fácil. Também é necessário dizer que se trata de subjetividades encarnadas, de corpos que se movimentam, cuidam e se cuidam - mas esse assunto vem mais pra frente. Mas o que me empurra pra esse texto é: afinal, o que meditação tem a ver - ou pode ter a ver, ou nada tem a ver - com psicanálise? Não quero comparações fáceis - e vazias - nem muito menos recusas fáceis - e mal pensadas. Lembro de já ter ouvido por vezes coisas do tipo “gozo pleno é o que querem”. Bom, que descuido de Freud ter falado em nirvana pra falar de pulsão de morte também, não? Essa recusa, que acusa uma espécie de utopia do gozo pleno, padece do mesmo mal de boa p
Um espaço que habitará no entredois pós-moderno, talvez me contradizendo, oscilando entre uma preocupação com a seriedade e a espontaneidade do mundo virtual. Mostrando de onde bebo, mas sem a gravidade que tolhe; com cuidado na escrita, mas sem nada excessivamente comprido. Sobretudo, com atenção ao que se diz, mas sem escolher um assunto, uma disciplina, um autor... é que se trata de um espaço pessoal, atravessado por tantos pensamentos que me incitam. (Internet: entre o tempo e a fala)